História

RESENDE, freguesia sede do concelho, situada no extremo norte do distrito de Viseu, mesmo junto ao rio Douro, tem as seguintes confrontações: de nascente com a freguesia de São João de Fontoura; de poente com as freguesias de Anreade e Cárquere; de norte com o Rio Douro que a separa da freguesia de Santa Marinha do Zêzere, concelho de Baião; e de sul com a freguesia de Felgueiras.

Com uma área geográfica de 11,99Km2, tem como principais lugares populacionais os seguintes: Vila, Vinhós e Safões, Mirão, Loureiro, Rendufe, Paredes (Barcos), Enxertado, Minhães, Granja, Arco, Novais, Pene, e Massas.

A sua população é de 3166 habitantes (censos 2011).

A origem do topónimo principal - Resende- é, ainda hoje, discutível. A opinião mais plausívell, e com maior rigor linguístico, atribui o nome do lugar ao de um antigo possuidor visigótico – Redisindus”. Tratar-se-á de um genitivo possessivo – “Villa Redisindi”, ou seja, Vila de Redisindus. Daí, por evolução linguística, Redisendi – Reisendi – Reesende – Resende.

O local onde atualmente se situa a Vila e a sede de Concelho não passava, noutros tempos, de um pequeno povoado de nome Sangens.

Contudo, bem perto desse povoado havia, desde tempos anteriores à nacionalidade, um Senhorio com o Paço (palácio) do Senhor e a Quinta circundante, designando-se o conjunto por “Paço de Resende”.

Após a batalha de S. Mamede, por volta de 1130, D. Afonso Henriques, concedeu privilégios de “Honra” a esse Senhorio, então já na posse de seu Aio e Tutor, Dom Egas Moniz, de Ribadouro.

A dita honra passou mais tarde da linhagem de Egas Moniz para a linhagem dos Castros. Por morte do último da linhagem - Vasco Martins de Resende, em 1473, sem geração, o senhorio passou para a posse de Dona Maria de Castro, sua esposa, e dela para os seus herdeiros. Andando em litígio a posse do senhorio entre os herdeiros da senhora, o rei D. Manuel I aproveitou o ensejo para criar um novo Concelho no lugar da antiga Honra, o que oficializou dando-lhe carta de foral, em 16 de julho de 1514.

A sede do Concelho, até 1855, esteve no lugar de Vinhós, à distância de cerca de 2km da Vila dos nossos dias. Só naquele ano o Lugar de Sangens, se tornou o centro administrativo do Concelho, tendo-se construído o primeiro edifício da Câmara em 1874.

Em 1928, Manuel Rebelo Moniz, Presidente da Câmara Municipal, deu ao antiquíssimo lugar de Sangens, onde existia uma antiquíssima capelinha dedicada ao dito santo, o nome de Vila de Resende.

Em Resende, fazem-se duas feiras quinzenais: uma no dia 7 e outra no dia 20 de cada mês, a menos que se o dia 7 calhar num domingo antecipa-se para o dia 6, se o dia 20 calhar num domingo passa para dia 21. Para além destas, também se faz uma anual no dia 29 de setembro, a coincidir com o feriado municipal e com as “Festas da Labareda”.

Existem nesta freguesia, para além do Seminário de Nossa Senhora de Lourdes, diversas casas solarengas/senhoriais. Entre elas, a Casa do Apréstimo, a Casa de Vila Pouca, a Casa da Granja, a Casa das Vinhas, a Casa do Sais, a Casa de Massas, a Casa de Rendufe, a Casa das Cotas, e a Casa do Outeiro, no Enxertado.

Após a Revolução do 25 de abril de 1974, foram criadas as chamadas autarquias locais, na continuidade das antigas Câmaras e Juntas de Freguesia.

A primeira sede da nova Junta de Freguesia, agora democraticamente eleita, começou a funcionar no edifício sito no Largo da República, também conhecido por Terreiro da Câmara, onde mais tarde esteve instalado o Posto da Guarda Nacional Republicana. A nova sede, em edifício próprio, sito na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, foi inaugurada em maio de 1984, pelo então Vice-Primeiro Ministro Senhor Professor Doutor Carlos Alberto da Mota Pinto.

Bibliografia consultada: DUARTE, Joaquim Correia, Resende e a sua História, Vol. 2, Resende, C.M.R, 1996

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